domingo, 6 de outubro de 2013



Peixe-Boi
Peixe-Boi

Roliço, grande, pesado, com jeito de peixe e se alimentando de capim.

Afinal, que bicho é esse?
É o peixe-boi!
Apesar da cara de poucos amigos, ele é um animal bastante dócil que se alimenta apenas de vegetais (é um herbívoro). Habita os rios, estuários e o mar nas regiões intertropicais.
No Brasil, existem duas espécies: o peixe-boi marinho e o peixe-boi amazônico. Sobretudo por causa da caça indiscriminada, o peixe-boi marinho é hoje o mamífero aquático mais ameaçado de extinção no Brasil.

História e Lenda

Os peixes-bois existem há milhões de anos.
O nome sirênios tem origem mitológica. Por causa da cauda e do seu canto (vocalizações), os antigos navegadores associaram o animal com as sereias.
Daí, surgiu o nome de sua ordem: Sirênia.
Fonte: www.projetopeixe-boi.com.br
Peixe-Boi
Peixe-Boi
Peixe-Boi
Mesmo com "peixe" no nome, ele é um mamífero. É um bicho grande, de corpo arredondado e liso, parecido com uma foca, que vive na água. Por isso a confusão entre peixe (porque vive na água) e boi (porque é um mamífero).
Em vez de patas ou garras, como a maioria dos mamíferos, o peixe-boi possui nadadeiras, como um peixe. Mas só na parte da frente do corpo, pois não possui membros posteriores. Seu rabo também é achatado e largo como de um peixe. A fêmea do peixe-boi é conhecida como peixe-mulher.
Para confundir ainda mais as coisas, o peixe-boi tem dentes: são apenas dentes molares, normalmente seis em cima e seis embaixo. O peixe-boi vive tanto em águas salgadas quanto em águas doces. A espécie Trichechus manatus vive perto dos Estados Unidos, do México e dos mares do Caribe. O Trichechus senegalensis aparece no litoral da África.
Existem duas espécies de peixe-boi no Brasil. Um é o peixe-boi de água doce que vive nos rios da Amazônia (o Trichechus inunguis). Ele come plantinhas e gramíneas e pode chegar a 4 metros de comprimento e pesar até 600 kg (tão pesado quanto um carro!).
Se o peixe-boi de água doce já corre perigo nos rios da Amazônia, seu irmão que vive no mar (Trichechusmanatus) é o mamífero marinho mais ameaçado de extinção no Brasil. Existem apenas 400 deles entre Alagoas e Maranhão.
No século 19, o peixe-boi marinho existia aos milhares, desde o Espírito Santo até o Amapá, mas a caça indiscriminada para aproveitar o óleo, a carne e o couro resistente acabou com seu sossego. Manso e dócil, ele é uma presa fácil. Como a fêmea do peixe-boi tem apenas um filhote a cada três anos, fica cada vez mais difícil para essa espécie tão interessante sobreviver ao homem.
Fonte: www.canalkids.com.br
Peixe-Boi
Peixe-Boi
Peixe-Boi
O Peixe-boi, manatim, manatí ou manati, também chamado de guaraguá e, no caso da espécie marinha, vaca-marinha, é um mamífero aquático da família dos Triquequídeos, podendo pesar algo em torno de 750 kg quando adulto e medir 4,5 m de comprimento. São animais ameaçados de extinção e se encontram protegidos por lei no Brasil.
Existem três espécies de peixe-boi. Uma vive no Atlântico, outra chamada localmentde de peixe-mulher (Trichechus senegalensis), habita as águas doces e costeiras do oeste da África (Trichechus senegalensis), e a terceira, Trichechus manatus, tem ampla distribuição nas Américas, indo desde o México e os Estados Unidos, vivendo nas ilhas da América Central e, na América do Sul, na Colômbia, Venezuela, as Guianas e o Brasil. A espécie Trichechus inunguis, o peixe-boi da Amazônia, é fluvial e vive nas bacias dos rios Amazonas e Orinoco.
Fonte: pt.wikipedia.org
Peixe-boi
Peixe-Boi
Peixe-Boi

Uma Vaca Marinha

O lamatim tambem é chamado de peixe boi na Amazônia devido ao seu hábito de pastar plantas aquáticas e o capim inundados pelas enchentes dos rios. Ele pasta como um boi e isso torna sua caça muito fácil para os indígenas. De manhã os caçadores encontram o lugar onde o peixe boi esteve pastando a noite anterior. Então pela tardinha, eles vem numa canoa e esperam. O lamatim não é cauteloso, o barulho que faz ao pastar pode ser ouvido a centenas de metros. É fácil, por isso, pesca-lo com arpão.
Existem 3 espécies de lamatim, duas Americanas e uma espécie Africana que vive nos rios e lagos do Senegal e Congo. O lamatim e um animal preguiçoso que vive em pares ou em grupos pequenos. O filhote nasce debaixo da água, mas é logo trazido pela mãe à superficie. É amamentando até os 18 meses e permanece junto dos pais por outros seis meses.
O peixe-boi é caçado por causa de sua gordura, pele e carne.
Em alguns lugares essa caça tem sido limitada.
FILO: Chordata
CLASSE: Mammalia
ORDEM: Sirenia
FAMILIA: Trichechidae
CARACTERISTICAS: Comprimento: de 2,5 a 4 m mais ou menos.
Peso: 600 quilos
Filhote: l metro, 20 quilos
Cauda: chata e redonda (nadadeira caudal)
Duas nadadeiras peitorais com 4 unhas chatas cada
Gestação: 152 a 180 dias.
Peixe-Boi
Peixe-Boi
A expedição dos cientistas alcançou o sul da Flórida. No paraíso de turistas, uma criatura de peso se esconde para escapar da morte: o peixe-boi. Ele já foi confundido com sereia, por causa do barulho que faz. Foi assim que enganou os marinheiros de primeira viagem pela América.
Peixe-Boi
Peixe-Boi
A 500 quilômetros a noroeste de Miami, o lugar virou uma espécie de "país do peixe-boi". O Rio Cristal, com águas claras e fundo de areia, é o refúgio perfeito para ele, com a proteção de um batalhão de cientistas. A vigilância é discreta, mas permanente, porque o lugar é uma região turística, com iates de luxo e muitos banhistas.
Peixe-Boi
Peixe-Boi
O peixe-boi é tímido, solitário, prefere as águas mornas onde proliferam algas e jacintos. É na Flórida que ele tem comida à vontade e aconchego durante o inverno americano. O berçário é outra preocupação dos biólogos. O perigo maior é motor das lanchas, que assusta, polui e atropela a paz.
Peixe-Boi
Peixe-Boi
Primeiro foi na terra, há mais ou menos 50 milhões de anos. Estes mamíferos acabaram sendo expulsos por outros gigantes, na briga por comida. Devoradores de folhas, eles acabaram indo encontrar nas águas o sustento para viver até hoje.
Sessenta quilos de ervas marinhas - ração diária de um peixe-boi. A poluição, a mudança de clima e os predadores humanos são os principais inimigos no Rio Cristal e em toda parte. No Brasil, também estão ameaçados.
Na reserva da Flórida, tem até um hospital para os bebês órfãos e os adultos estressados. No local, os doutores estão de olho em todos os movimentos de todos do grupo. Até a respiração é controlada à distância.
Na calmaria do Rio Cristal, o peixe-boi vai conquistando simpatia. Ele é outra jóia da água aqui na Terra.
Peixe-Boi
Peixe-Boi
Peixe-boi da Amazônia é o menor membro da Ordem Sirenia, alcançando um comprimento de 2,8 a 4,0 m e pesando até 600 kg. Seu couro é extremamente grosso e resistente. A maioria dos indivíduos tem uma mancha branca irregular na região ventral. Esta característica, juntamente com a ausência de unhas nas nadadeiras peitorais, o distingue do peixe-boi da Flórida e da África.

Distribuição

Espécie exclusivamente de água doce, distribuído por toda a bacia Amazônica.

Status

Considerado vulnerável pela IUCN (União Mundial Para a Natureza) e classificado como ameaçado de extinção no Brasil pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama, está incluído no Apêndice I (Espécies Ameaçadas de Extinção) da CITES (Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Flora e Fauna Selvagem).

Habitat

Encontrado nos três tipos de águas da Amazônia - branca, preta e clara, durante a estação de cheia deslocam-se para áreas de várzea e igapó (mata inundada) para aproveitar a grande quantidade de alimento. Durante a época seca retornam aos lagos permanentes e canais mais profundos.

Comportamento

Considerado um animal solitário, seu metabolismo é de cerca de 36% do metabolismo previsto para um mamífero terrestre de mesmo porte, o que permite permanecer até vinte minutos embaixo da água. Seus movimentos são lentos e dóceis.

Alimentação

Essencialmente herbívoros, consomem diariamente cerca de 8% do seu peso corporal em plantas aquáticas e semi-aquáticas.

Reprodução

O tempo de gestação é de doze meses e os nascimentos ocorrem no início da enchente, quando grandes quantidades de plantas estão disponíveis. Acredita-se que a maturidade sexual ocorre entre cinco e dez anos. Cada fêmea produz um filhote a cada 2,5 a 5 anos. O filhote pode permanecer com a mãe por mais de dois anos. No dia 8 de abril de 1998 nasceu no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Erê, o primeiro filhote desta espécie criada em cativeiro, o que demostrou ser possível evitar que o peixe boi da Amazônia desapareça.

Ameaças

No passado os peixes-boi foram muito caçados pela sua carne e couro. Hoje, a caça é feita principalmente pelas populações ribeirinhas exclusivamente pela carne. Além de caça, as principais ameaças são a destruição e a degradação do habitat pela liberação de mercúrio nos rios, agrotóxicos e exploração de gás e óleo. Ocasionalmente filhotes são acidentalmente mortos em redes de pesca. Represas hidrelétricas atuam como barreiras e isolam as populações, limitando a sua variação genética.
Fonte: www.achetudoeregiao.com.br
Peixe-boi
Peixe-Boi
Peixe-Boi
Seu nome científico é Trichechus manatus da ordem dos Sirenia e da família Trichechidae. Apesar do nome, o peixe-boi não é peixe, mas um mamífero. Um grande mamífero aquático, que pode atingir 4 metros de comprimento e pesar 600 kilos. Vive nas águas costeiras e em muitos rios da América e da África ocidental.
Depois que se comprovou que é um grande devorador de plantas aquáticas, começou a ser solicitado para manter limpos canais e cursos de água com vegetação excessiva. Foram, por exemplo, colocados peixes-boi na hidrelétrica de Tucuruí, no Estado brasileiro do Pará, para reduzir a vegetação submersa. Chega a consumir por dia cerca de 30 kilos de plantas.
Peixe-Boi
Para comer a vegetação submersa, apóia-se no fumdo com
as barbatanas, dando a impressão de que está andando.
Peixe-Boi
Costuma durmir no fundo das águas, 
mas sobe à superfície a intervalos regulares, para respirar.

A mãe é muito ligada ao filhote: 
brinca com ele e às vezes carrega-o nas costas.
peixe-boi tem o focinho muito móvel; com os lábios, apanha as plantas e as leva para a boca
Fonte: www.geocities.com
Peixe-boi
Peixe-Boi
Peixe-Boi
peixe-boi pertence à Ordem Sirênia e é o único mamífero aquático herbívoro. Ele vive na água, mas precisa vir à superfície em intervalos de 2 a 5 minutos para respirar. A espécie marinha (Trichechus manatus) pode medir 4 metros e pesar até 800 quilos! O peixe-boi amazônico (Trichechus inunguis) é menor: atinge 2,5 metros e pesa até 300 quilos. Além disso, ele é mais escuro e tem o couro liso. Uma outra diferença em relação a seu parente marinho é que o exemplar da Amazônia não tem unhas nas nadadeiras peitorais. É também o único dos sirênios exclusivo de água doce. O peixe-boi da Amazônia é uma espécie endêmica, ocorrendo apenas nos sistemas do rio Amazonas, no Brasil e do rio Orinoco, no Peru.
O peixe-boi é um animal de vida longa. Estudos revelam que o peixe-boi vive até 50 anos, podendo, em alguns casos, chegar a 60 anos. Ao longo do tempo, o homem tem sido, em grande parte, o responsável pelo encurtamento da vida desse animal. A caça indiscriminada fez do peixe-boi o mamífero aquático mais ameaçado de extinção no Brasil. Além da caça deliberada, outros fatores de extinção são a morte acidental em redes de pesca, o encalhe de filhotes órfãos e a degradação ambiental.
De acordo com a IUCN, International Union for the Conservation of the Nature, todas as espécies de sirênios ainda existentes correm riscos de extinção.
No Brasil, o peixe-boi é protegido por lei desde 1967 - Lei de Proteção à Fauna, No. 5197. A caça e a comercialização de produtos derivados do peixe-boi é crime pode levar o infrator a até 2 anos de prisão.

Anatomia

O peixe-boi marinho tem a pele rugosa, com a cor variando entre cinza e marrom-acinzentado. A cabeça fica bem junto ao corpo. Pode-se quase afirmar que ele não tem pescoço, apesar de conseguir movimentar a cabeça em todas as direções.
Ele tem olhos bem pequenos, mas enxerga bem, sendo capaz até mesmo de reconhecer cores.O nariz está bem em cima do focinho, com duas grandes aberturas. Mas o peixe-boi não tem orelhas. Os ouvidos são apenas dois pequenos orifícios um pouco atrás dos olhos. Mesmo assim, pode ouvir muito bem. Além de escutar os ruídos ao seu redor, ele também pode se comunicar através de pequenos gritos chamados vocalizações. Esta comunicação é muito importante entre a mãe e o filhote. A mãe é capaz de reconhecer o seu filhote entre muitos outros apenas pela vocalização.
Sua boca é grande: os lábios de cima são amplos e se movimentam na hora de pegar o alimento.
No focinho, o peixe-boi tem muitos pêlos, chamados vibrissas ou pêlos táteis. Eles são muito sensíveis ao movimento ou ao toque, tal como acontece com os bigodes dos gatos. Mas ele também possui pêlos ao longo de todo o corpo.
Por ser um animal aquático, no lugar das patas dianteiras o peixe-boi tem duas nadadeiras. São as nadadeiras peitorais, com unhas arredondadas nas pontas. Em vez das patas traseiras, possui uma grande nadadeira no final do corpo. É a nadadeira caudal.
Para nadar, o peixe-boi impulsiona sua nadadeira caudal, usando as duas nadadeiras peitorais para controlar os movimentos. Apesar de bastante pesado, consegue ser bem ágil dentro d'água, fazendo muitas manobras e ficando em várias posições. Normalmente, ele nada a uma velocidade reduzida, entre 4 e 10 km/h, podendo, no entanto, alcançar, num mergulho curto, até 25 km/h.
Por ser um mamífero, o peixe-boi precisa ir à superfície para respirar. Como os outros mamíferos, ele respira pelos pulmões, que só funcionam com ar, não com água, como as brânquias dos peixes. Nos seus mergulhos normais fica apenas de 1 a 5 minutos debaixo d'água. Já em repouso, pode permanecer até 25 minutos submerso sem respirar.
Peixe-Boi
Peixe-Boi

Evolução e Classificação

O peixe-boi pertence a Ordem Sirênia, os Sirênios são os únicos mamíferos aquáticos herbívoros, habitam ambientes rasos dos rios, estuários e do mar. Estão em número reduzidos pelo mundo.
A Ordem Sirenia é composta por duas famílias: A Dugongidae(dugongo e vaca marinha) e a Trichechidae (peixes-bois). A Dugongidae possui duas espécies, Dugong dugon (dugongo) e Hidrodamalis gigas (vaca marinha de Steller, extinta em 1768), e a Trichechidae por três espécies: Trichechus senegalensis (peixe-boi africano) Trichechus manatus (peixe-boi marinho), Trichechus inunguis (peixe-boi amazônico), sendo as duas últimas espécies encontradas no Brasil.
A espécie Trichechus manatus esta dividida em duas subespécies Trichechus manatus latirostris que é encontrado na América do Norte e Trichechus manatus manatus que habita as águas da América Central e do Sul.
Acredita-se que os Sirênios originaram-se no Velho Mundo (Eurásia e/ou África), apesar da existência de fósseis mais antigos encontrados na Jamaica, tendo sido registrado sua primeira aparição no meio da época do Eoceno, 55 milhões de anos.
Os Sirênios possuíram um ancestral comum com o elefantes e o hyrax (pequeno mamífero semelhante ao coelho) a cerca de 75 milhões de anos, recentemente confirmado por pesquisadores.
Evoluíram de ancestrais quadrúpedes de vida anfíbia, na sua evolução adquiriram perfil pisciforme, órgãos externos de equilíbrio e propulsão hidrodinâmicos. Entre os mamíferos placentários atuais, os Sirênios foram talvez os primeiros a se adaptarem inteiramente ao meio aquático, sendo hoje em dia os únicos herbívoros aquáticos entre os mamíferos.

Bio-ecologia

A distribuição do peixe-boi na natureza, seu modo de alimentação, e o que comem, a época do ano e como ocorre a sua reprodução, e o seu comportamento uns com os outros e com outros animais são a ecologia desta espécie.

Distribuição

No Brasil, existem duas espécies de peixes-bois: o peixe-boi marinho (Trichechus manatus) e o peixe-boi da Amazônia (Trichechus inunguis).
O peixe-boi marinho pode ser encontrado no Nordeste e Norte do país.
Já o peixe-boi amazônico só existe na bacia do rio Amazonas, no Brasil, e no rio Orinoco, no Peru.
No passado, podiam ser encontrados em toda a costa, do Espírito Santo ao Amapá. Por causa da caça indiscriminada desde a época da colonização do Brasil e o avanço da ocupação do litoral, este animal se encontra seriamente ameaçado de extinção. Hoje, eles aparecem apenas no Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, tendo desaparecido no Espírito Santo, Bahia e Sergipe.
No Nordeste, a presença é descontínua. O peixe-boi não é encontrado no litoral sul de Pernambuco, norte de Alagoas e em parte do litoral do Ceará.
Podem ser definidas três áreas de ocorrência na costa atlântica brasileira:
do Oiapoque à praia de Cacimbinhas, em Guriú, no Ceará.
de Barro Preto, Iguape, no Ceará, a Olinda, em Pernambuco.
da Barra de Santo Antônio, em Pernambuco, ao Pontal do Peba, em Alagoas.
A facilidade de captura levou o peixe-boi a ser caçado de forma indiscriminada. Hoje, ele é o mamífero aquático mais ameaçado de extinção no Brasil, de acordo com o Plano de Ação para os Mamíferos Aquáticos elaborado pelo IBAMA em 1997. No Brasil, é protegido por lei desde 1967 (lei de Proteção à Fauna n.º 5197/67). A caça é considerada um crime inafiançável sujeito à pena de dois anos de prisão.
O peixe-boi marinho é a espécie mais conhecida entre os sirênios, sobretudo a subespécie da Flórida, nos Estados Unidos. As duas subespécies, a americana, Trichechus manatus latirostris, e a brasileira, Trichechus manatus manatus, enfrentam problemas quanto à conservação em virtude da degradação do habitat, poluição dos sistemas fluviais e marinhos, trânsito intenso de embarcações motorizadas (na Flórida, são freqüentes os animais feridos pelas hélices das lanchas), caça indiscriminada e pesca de subsistência e acidental.
Há vários locais, como o México, a Venezuela e Belize, onde o peixe-boi marinho parece ser abundante ou onde ainda há grande quantidade de habitat disponível. Mas é preciso que se estabeleçam regras urgentes de proteção. Os estudos históricos mostram que o número de peixes-bois tem declinado acentuadamente em muitos países da América do Sul e Central, particularmente em Honduras, Costa Rica, Panamá e Brasil.
Peixe-Boi
Peixe-Boi

Alimentação

O peixe-boi se alimenta apenas de vegetais. Um exemplar marinho de 300 quilos pode comer até 30 quilos de capim por dia. 
Por que será que o peixe-boi tem esse nome? "Peixe" porque vive na água. "Boi" por ser um mamífero que se alimenta apenas de vegetais. Como os bois, é um herbívoro.
O peixe-boi marinho pode passar até 8 horas do dia comendo. Alimenta-se principalmente de um tipo de capim, o capim-agulha, que cresce em grande quantidade perto da praia.
Além do capim, pode comer aguapés, algas e folhas dos mangues. O peixe-boi prefere a vegetação mais macia, pois precisa mastigar bem a comida e tem apenas os dentes da parte de trás da boca, os molares.
Ele come tanto as folhas quanto as raízes. Para isso, desenterra a planta com as nadadeiras e a leva à boca.Os lábios superiores, que têm pêlos muito duros, ajudam a segurar as folhas e raízes. Os lábios também dobram as plantas, levando-as para dentro da boca.
Um peixe-boi marinho pode comer o equivalente a 10% do seu peso por dia. Um animal de 300 quilos, portanto, chega a ingerir até 30 quilos de vegetais. Alimentando-se assim, ele controla o crescimento das plantas aquáticas e, com suas fezes, fertiliza as águas que freqüenta, contribuindo para a produtividade do ambiente. As fezes servem de nutrientes para pequeninas algas (chamadas fitoplâncton) que existem na água. Estas algas são o alimento de animais muito pequenos (os zooplâncton) que, no final, são o alimento dos peixes, completando assim uma cadeia alimentar.
Em cativeiro, como na Sede Nacional do Projeto Peixe-Boi, em Itamaracá, Pernambuco, os peixes-bois comem o capim-agulha e algas, coletados diariamente no mar. Os filhotes órfãos que são encontrados nas praias do Nordeste ainda precisam mamar quando chegam ao Projeto, pois se separaram da mãe muito cedo. Por isso, eles são alimentados com mamadeiras preparadas com leite especial sem lactose (os peixes-bois têm alergia a lactose), enriquecido com sais minerais e vitaminas.

Reprodução

É preciso olhar com muita atenção para perceber as diferenças entre macho e fême a no peixe-boi. A reprodução da espécie é lenta e a mãe cuida do filhote durante os dois primeiros anos de vida.
Os peixes-bois não têm nenhuma diferença sexual externa fácil de ser notada. Por isso, devemos observar o ventre do animal e procurar em que posição estão o umbigo, a abertura genital e o orifício retal.
Na fêmea, a abertura genital (a genitália) fica mais próxima do orifício retal, enquanto no macho (no caso, o órgão genital) fica mais próxima do umbigo. O órgão genital só sai da abertura genital no momento do acasalamento. No resto do tempo, está sempre "guardado".
O acasalamento se dá com o macho por baixo e a fêmea por cima, num tipo de "abraço". É aí que o macho externa seu órgão genital e faz a penetração na fêmea.
Vários machos podem copular com uma mesma fêmea, o cio dura um longo período, mas apenas um deles irá fecundá-la.
A reprodução da espécie é lenta, pois o período de gestação das fêmeas é longo: 13 meses. Depois, a mãe amamenta o filhote durante dois anos. 
Por causa disso, a fêmea tem apenas um filhote a cada quatro anos, pois ela só volta a entrar no cio outra vez um ano depois de desmamar.
O mais comum é que a fêmea do peixe-boi tenha apenas um filhote, mas há casos de nascimentos de gêmeos, até mesmo em cativeiro, como já aconteceu na Sede Nacional do Projeto Peixe-Boi, em Itamaracá, Pernambuco.
Nos primeiros dias de vida, o filhote alimenta-se exclusivamente do leite da mãe. O leite materno é importante para o desenvolvimento do filhote: é um alimento completo que o ajuda no crescimento e funciona como uma vacina, protegendo-o nos primeiros tempos de vida. Durante o período de amamentação é possível notar as mamas na fêmea. Elas ficam uma de cada lado, bem abaixo da nadadeira peitoral.
Mas é já a partir dos primeiros meses de vida que o peixe-boi começa a ingerir vegetais, seguindo o comportamento da mãe. O filhote, aliás, recebe todos os cuidados da mãe. Muito zelosa, é ela quem o ensina a nadar, a subir até a superfície para respirar e também a alimentar-se de plantas.

Comportamento

Estudos feitos até agora não comprovaram nenhum tipo de organização social entre os peixes-bois. Eles não tentam dominar uns aos outros, não possuem um senso de posse de território, dificilmente se comportam de forma agressiva entre si e vivem quase sempre solitários.
O único relacionamento que se mantém firme por algum tempo na espécie é o que existe entre mãe e filhote (que dura dois anos). 
Até no período do cio da fêmea a formação de grupos de vários machos em torno dela é temporária.
Apesar de parecerem tão sós, os peixes-bois podem se alimentar juntos num mesmo local.
Em cativeiro, os peixes-bois também podem brincar entre si, principalmente usando a boca e o focinho, dando "beijos" ou apenas roçando um no outro, rolando o corpo ou dando abraços com as nadadeiras peitorais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário