sábado, 12 de abril de 2014

Mico Estrela: Sagui-de-Tufos-Pretos

O Mico Estrela, também conhecido sagui-de-tufos-pretos,  ou somente sagui, cujo nome científico é Callithrix penicillata, sendo reconhecida como uma espécie de primata do Novo Mundo, pertencente ao gênero Callithrix, cuja origem é brasileira.

Ficha Técnica

  • Ordem: Primates
  • Classe: Mammalia
  • Família: Callithrichidae
  • Nome vulgar: Mico-Estrela
  • Categoria: Ameaçado
  • Nome científico: Callithrix penicillata

Principais Características

Quais as características físicas da espécie: possui a cabeça com coloração mais escura que o restante do corpo, além disso, tem uma mancha branca bem no alto da testa, sendo este um sinal próprio da espécie. Pode chegar a medir no máximo 30 cm de comprimento e possui uma grande cauda, de aproximadamente 35 cm de comprimento, proporcionando um maior equilíbrio para saltar entre as árvores.
Seus dentes inferiores são alongados e estreitos, perfeitos para que seja feita a perfuração nos troncos de árvores que são responsáveis pela produção de goma, uma parte bem fundamental de sua dieta. Esse animal pena algo em torno de 230 g.
Além da marca branca na testa os tufos brancos sobre as orelhas, também é característico, sendo o sinal que o diferencia de outros animais semelhantes.
Expectativa de vida: o mico estrela pode viver até por 10 anos
Peso aproximado: os animais dessa espécie não pesam mais que 2,5 kg
Principais itens da alimentação: esta espécie e onívora e se alimenta especialmente de frutas folhas, flores, pequenos animais e também de insetos.
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Comportamento social: eles possuem hábitos completamente de animais de florestas, vivem sempre em grupos formados por cerca de 15 indivíduos, e chegam a ocupar grande áreas. Entretanto, em muitos casos precisam descer das árvores e ir até o chão para buscar uma alimentação mais adequada. Da mesma forma que outros tipos de primatas, a inserção social dos animais é feita com base numa hierarquia preestabelecida, e isso inclui as fêmeas, na qual algumas podem procriar enquanto as outras não têm essa autorização. Esses animais possuem hábitos diurnos, se escondendo de possíveis predadores durante a noite.
A reprodução: quase sempre, depois de uma gestação de aproximadamente 150 dias a fêmea dá a luz dois filhotes, e os mesmos ganham os cuidados dos animais de todo o grupo, especialmente dos irmãos mais velhos e do pai. Até que complete o tempo de dois meses eles são levados de um lado para outro nas costas, serviço quase sempre feito pelo pai, quando o grupo de desloca de um lugar a outro. Os filhotes se alimentam do leito materno até os seis meses e, com apenas 18 meses, já estão pronto para começar o ciclo de reprodução.
Predadores: os animais que mais atacam o mico estrela são a irara, aves de rapina, dentre muitos outros. Esses animais preferem habitar as florestas semidecíduas, os cerradões, as florestas secundárias e ainda as matas ciliares.

Cuidados Básicos que os Tratadores Devem ter Com Esses Animais

Por se tratar de um primata, mesmo que pequeno, não é agressivo e tem especial predileção pelas brincadeiras, e, por isso, pode muito bem ficar solto com os adultos e as crianças. Não está caracterizado como uma espécie que precisa de cuidados especiais.

Alimentação

Como já mencionamos anteriormente, o mico estrela se alimenta essencialmente de animais de pequeno porte, flores, frutas e da goma que se solta de determinadas árvores. Quando deixado em cativeiro, todos esses produtos podem ser usados para complementar a dieta dos indivíduos, mas existe no mercado rações próprias para ser oferecidas a esses primatas.

Espaço Adequado Para o Desenvolvimento e Criação

O local correto para esta espécie viver adequadamente são viveiros ensolarados e espaçosos. É importante que o viveiro seja equipado com diversos poleiros feitos a partir de galhos, e ainda algumas caixas para que os animais sejam abrigados, instalados bem no alto, ainda algumas cordas e tábuas penduradas para tomar sol e ainda para que os mesmos possam brincar. Além disso, no chão dever colocado a serragem.
Essa espécie tem uma distribuição geográfica bastante ampla, aparecendo especialmente em lugares de cerrado, no centro do país, podendo ser avistado nos estados de Minas Gerais, Bahia, Piauí, Goiás, Maranhão e ainda no Norte de São Paulo, próximo aos rios Piracicaba e Tietê.
Com isso, seu habitat preferido passa a ser as florestas de galeria, em razão de possuírem cursos d’água na parte de dentro, porém, podem ser vistos em outros lugares com formações vegetais, como no cerradão. Desta forma, como vários outros indivíduos do gênero Callithrix, são muito adaptáveis, e, por isso, vivem bem em áreas ocupadas pelo homem e ainda em áreas de floresta secundária. Atualmente, há várias populações em áreas fora de sua distribuição geográfica original, em razão da invasão feita pelo homem.
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O mico estrela é tido como uma espécie invasora inserida no Estado do Rio de Janeiro pois, embora sejam primatas originários do Brasil, não pertencem a esse estado. Duas espécies desses animais foram levadas ao Estado do Rio de Janeiro: o sagui-de-tufo-preto e o sagui-detufo-branco branco, que são originários de diversos lugares do Brasil, dentre eles Goiás, Nordeste, Minas Gerais, São Paulo e Bahia.
O gosto por ter em casa espécies consideradas exóticas, como é o caso do Mico Estrela, é uma das grandes ameaças que temos à biodiversidade, já que essas práticas podem levar a um risco maior de extinção dos animais nativos, em decorrência da predação e da exposição exagerada a inúmeros tipos de doenças que não estão presentes na natureza.
Essa espécie de animal encontrou no habitat do mico-leão-dourado, um lugar propício para seu desenvolvimento saudável. Porém, o desmatamento das serras e matas atrapalha a vida e a sobrevivência das duas espécies.
Ocorre que a invasão do habitat do mico-leão-dourado pelo mico estrela tem causado uma disputa de território e ainda certo problema de manter a espécie limpa, sem que haja uma mistura entre uma e outra, causando até, a longo prazo, a extinção de uma delas.
Os animais em geral, sejam quais forem, precisam de cuidados especiais, especialmente na manutenção de seu habitat, para que não sejam levados a buscarem locais diferenciados para procura de alimentos e abrigo, causando certo desequilíbrio ecológico, como no caso em questão.

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