RIO - Um novo grupo de defesa dos animais pretende supervisionar com mais transparência as produções de Hollywood. A decisão acontece após a revista "Hollywood Reporter" denunciar, em novembro, que bichos sofreram maus tratos durante as gravações de filmes populares nos Estados Unidos.
A Movie Animals Protected (MAP) pretende ameaçar a supermacia da American Humane Association (AHA), principal organização que hoje trabalha para proteger a integridades dos animais usados nas filmagens. O novo grupo será encabeçado por Barbara Casey, ex-autoridade da AHA.
Ela acompanhou a operação de diversos funcionários da AHA, durante 13 anos, antes de ser demitida em janeiro de 2012. Casey alega ter confrontado os produtores de "Luck", série da HBO em que vários cavalos morreram.
A reportagem do "Hollywood Reporter" apresentava evidências de que a American Humane Association abafou, sistematicamente, casos de maus tratos e mortes, tudo para preservar as relações com poderosos produtores de Hollywood. O texto explica como o grupo se tornou "parte da indústria que deveria regulamentar".
De acordo com a publicação, que manteve a maior parte das fontes sob anonimato, um treinador deu socos em um cachorro no set de "Resgate abaixo de zero" (2006), filme da Disney estrelado por Paul Walker; um esquilo foi esmagado nas filmagens da comédia romântica "Armações do amor" (2006), com Matthew McConaughey e Sarah Jessica Parker; e dezenas de ovelhas e cabras morreram em "O Hobbit: Uma jornada inesperada". Treinadores já haviam denunciado a morte de bichos nos bastidores do épico de Peter Jackson.
Além disso, O tigre usado em "As aventuras de Pi" (2012), que rendeu o Oscar de direção a Ang Lee, teria quase se afogado (embora o animal tenha sido recriado em computação gráfica na maior parte das cenas, um modelo real foi necessário em determinados momentos).
A AHA argumentou que os incidentes aconteceram de maneira não intencional ou "não relacionadas ao trabalho".
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