Cão-Guaxinim
O “Tanuki”, como é conhecido no Japão faz parte da cultura japonesa e está presente em muitas lendas e histórias populares, juntamente com a raposa, o tanuki é considerado um animal mágico, que tem o poder de se transformar em qualquer coisa, criaturas com este poder são chamadas de “Henge”. Este animal seria o patrono dos comilões e estátuas de tanukis podem ser encontradas em restaurantes e lanchotes por todo o Japão.
Sua pelagem densa e cheia, com cauda “fofa” e máscara na face lhe deram o nome de “cachorro-guaxinim” mas não é aparentado com o guaxinim. Suas pernas são relativamente curtas e as fêmeas costumam ser maiores que os machos. Existe muita variação física devido a sua grande área de distribuição e a ocorrência de diversas subspécies dentro desta espécie, sabe-se que os exemplares europeus são maiores que os Asiáticos, e existem também alguns exemplares com a pelagem toda branca, sem a máscara típica. Estes exemplares brancos, são relativamente raros, e alguns os chamam de albinos, mas eles não são albinos verdadeiros pois possuem olhos e pálpebras escuros.
Seu comportamento selvagem é pouco conhecido, hábitos monogâmicos e poligâmicos já foram registrados em países diferentes. Esta espécie hiberna durante o inverno, nas regiões mais frias, e a reprodução ocorre, uma vez por ano, logo após a hibernação. Os filhotes nascem em meio a arbustos densos, pesam aproximadamente 100g, são cegos e possuem pelagem toda preta e macia (exceto os exemplares brancos, que já nascem brancos). Os olhos só se abrem após duas semanas de vida e a máscara facial só aparece entre 30 e 40 dias de vida do filhote. O cachorro guaxinim atinge sua maturidade entre 9 e 11 meses.
De acordo com estudos de rádio localização, este animal, vive e caça aos pares ou em pequenos grupos, mas a maioria dos casos de avistamento de tanukis por seres humanos relata animais solitários. Ainda não se sabe exatamente a razão disto, mas especula-se que exemplares solitários talvez sejam mais propensos a se aproximar de cidades em busca de comida que exemplares em bando, sendo mais fácil de ser visto por pessoas.
Esta espécie, apesar de ser um canídeo, não late. Ainda assim é bastante comunicativa, pode grunir e até “miar”, e quando se sente ameaçada, rosna. A maior parte de sua comunicação, entretanto, é corporal e olfativa e não verbal.
É considerado um animal onívoro e oportunista, se alimenta de praticamente tudo que está disponível no seu ambiente. Sua dieta é composta de insetos, roedores, anfíbios, pássaros e ovos, carcaças, peixes, moluscos, lagartos, cobras, frutas, raízes, bulbos e sementes, sendo que também pode mergulhar para pescar seu alimento ou jogar os peixes para fora d’água utilizando suas guarras. Em regiões costeiras também pode se alimentar de carangueijos e ouriços do mar e em cidades pode procurar restos humanos e lixo.
Esta espécie é predada por águias e corujas de grande porte, linces, lobos, wolverines e cães domésticos. Em regiões frias, como a Rússia e a Finlândia, são muito caçados pela sua pele, no Japão são caçados como comida, e na China seus ossos são utilizados para fazer remédios. Apesar de tudo isto, o cachorro guaxinim não é uma espécie ameaçada de extinção e tem prosperado bastante desde do começo do século XX, principalmente, graças à sua grande adaptabilidade.
Fonte:Seu cachorro
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