quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Serpente Marinha

                                                   Fig. 1 - Serpente marinha.


Ordem: Squamata
Comprimento: 0,5 – 1,5 m
Família: Elapidae
Período de incubação: 5 – 6 meses
Gênero: Vários
Número de filhotes: 1 – 10
Espécie: Várias
Dieta: peixes, ovos de peixes, camarões etc.



Nadando calmamente nas correntes oceânicas, esses répteis marinhos suas vidas inteiras no mar. Ao contrário dos seus parentes terrestres, as serpentes marinhas ficariam indefesas se fossem empurradas para a terra. Com narinas que podem funcionar como bexiga natatória, que ajuda a flutuar, e com uma cauda achatada que atua como leme, essas serpentes são bem adaptadas à vida aquática.

Todas as serpentes marinhas respiram oxigênio do ar e tem um único pulmão. Apesar de serem capazes de respirar, esses répteis aquáticos não conseguem sobreviver em terra. Apesar da maioria delas preferir águas pouco profundas, algumas podem ser levadas para longe da costa pelas correntes oceânicas. Vivendo em águas tropicais e subtropicais, são ativas a uma profundidade de 30 m, mas também podem mergulhar à profundidade de até 150 m. São capazes de manter a respiração em baixo d’água por períodos de uma hora ou mais.

                          Fig. 2 - Serpente marinha esperando que a maré a leve de volta para o mar.

Apesar de variar de cor conforme a espécie, a maioria das serpentes marinhas são escuras no dorso, o que as camufla contra predadores que podem atacar de cima. Além disso, seu abdômen é mais claro o que também a torna menos visível quando vista de baixo. Esses répteis têm a pele dura e impenetrável que muda a cada 2-6 semanas. As serpentes marinhas que vivem nas profundezas do mar se esfregam contra superfícies rugosas, enquanto as que flutuam na superfície da água torcem os seus corpos em nós complexos. Essas técnicas ajudam a soltar moluscos incômodos.

Essas criaturas são os únicos répteis marinhos que se reproduzem no mar. Depois de acasalarem em águas quentes, as fêmeas das serpentes marinhas mantêm os ovos fertilizados, dentro de ovidutos, até seis meses, enquanto elas se desenvolvem. Depois dão à luz a uma série de crias vivas. Ao nascerem, as jovens serpentes já estão completamente desenvolvidas, e são capazes de nadar imediatamente.

As serpentes marinhas procuram alimentos usando suas presas com veneno para matar as vítimas. Costumam eleger como alvo espécies mais longas de peixes, como enguias. Elas podem comer camarões, lulas e ovos de peixes. Algumas perseguem presas em áreas mais rasas; enquanto outras – como a cobra marinha de cabeça preta, procuram peixes imóveis em rochas e fendas. A cobra marinha amarela se reúne em grande número perto da superfície, esperando por peixes. Nadam para trás, de forma que a sua cabeça pareça ser sua cauda; assim, quando um peixe fica ao seu alcance, atacam por trás. O veneno das serpentes marinhas é muito mais tóxico do que o dos seus parentes terrestres, porque tem de ser forte o suficiente para dominar os peixes, que têm uma baixa taxa metabólica, e por isso levam mais tempo para serem afetados pelo veneno.

                   Fig. 3 - Serpente marinha vasculhando os recifes de corais em busca de alimento.

As serpentes marinhas encontram-se em oceanos tropicais, desde o Golfo Pérsico, através das águas do Sudeste Asiático, até o Pacífico Ocidental e norte da Austrália. Nenhuma espécie vive no oceano Atlântico.



Referências

Coleção: O Fascinante Mundo Animal; Editora Duetto (2008 - 2011)

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